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segunda-feira, 1 de março de 2010

Cruzeiro divide Centro de Treinamento com o adversário de quarta-feira

Cruzeiro divide Centro de Treinamento com o adversário de quarta-feira

Da Toca II

João Marcos Dias

Uma cena ainda incomum no futebol brasileiro foi vista na Toca da Raposa II na tarde desta segunda-feira. A cerca de 200 metros do campo 4, onde Adilson Batista comandava o treinamento do Cruzeiro, no campo 1 estavam o técnico Marcos Birigui e os jogadores do Uberaba, adversário do time celeste na próxima quarta-feira, pelo Campeonato Mineiro.

O Uberaba empatou por 0 x 0 com o Villa Nova, no domingo, em Nova Lima, e permaneceu em Belo Horizonte para o confronto desta quarta-feira. O pedido para que a Toca da Raposa II recebesse os treinos do adversário foi prontamente atendido.

Antes de começar a atividade do dia, Adilson Batista fez questão de mostrar ao colega Marcos Birigui as instalações do Centro de Treinamento. Ele aprendeu com experiências no exterior que adversários podem conviver no mesmo espaço, mesmo antes de decisões como a do Mundial de Clubes de 1995, entre Grêmio e Ajax.

"A gente tem que ser cordial. Na Libertadores os clubes abrem o estádio para a gente fazer o reconhecimento. Tive essa experiência também no Japão, do convívio com o adversário. Não vejo problema nenhum. Fui jogar o Mundial e o Ajax treinou em uma parte do campo, nós em outra. Essas coisas a gente tem que mudar, ver pelo lado esportivo mesmo", contou.

Adilson conhece Marcos Birigui da época em que o adversário trabalhou com o técnico Vadão no Guarani-SP. Bem-humorado, comandante celeste disse que não vai fazer mistério sobre a escalação do Cruzeiro na quarta-feira.

"O Cruzeiro tem quatro campos. Eles usam o 1 e nós vamos trabalhar aqui no 4. Está tranquilo. Já até passei o time para ele, não tem surpresa. O Birigui é que vai anunciar o time do Cruzeiro", brincou.

Do lado do Uberaba, o gerente de futebol Marcelo Araxá concorda com Adilson Batista e crê que o tempo de rivalidade exacerbada no futebol deve ficar para trás.

"O futebol mudou muito. Antigamente tinha essa situação de rivalidade, aquele clima até de guerra para um jogo. Hoje a gente sabe que se resume dentro da partida, nos 90 minutos. Nós temos só que a agradecer o Cruzeiro, a maneira que a diretoria nos proporcionou essa condição. A comissão técnica, nem se fala, nos receberam muito bem", disse.

Retirado do Site Oficial do Cruzeiro

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