Adilson destaca sistema de jogo diferente
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Foto: VipComm/Arquivo |
Da redação
João Marcos Dias
O técnico Adilson Batista avaliou após o empate por 0 x 0 com a África do Sul, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, que seus comandados enfrentaram uma equipe armada em esquema ao qual não estão acostumados a enfrentar no Brasil. O treinador julgou que os atletas celestes podem tirar a disciplina tática do adversário como exemplo.
Adilson analisou que o adversário entrou em campo escalado com uma linha defensiva de quatro homens, sucedida por outra linha semelhante, que às vezes ganhava o reforço de um dos dois atacantes. O treinador considerou positivo o fato de que o time celeste soube escapar do bom sistema defensivo sul-africano e ser mais efetivo que o adversário.
"Acho que foi bom. Em amistoso geralmente você evita jogadas mais ríspidas, tira o pé, o ritmo não é tão forte como em campeonato. Mas acho que foi proveitoso em função de sistema, o Cruzeiro tentou rodar a bola, trabalhar. Tivemos algumas dificuldades, erramos alguns passes, não tivemos penetração. Tentamos mudar, mas mesmo assim tivemos volume melhor, criamos oportunidades", observou.
Para Adilson, outra lição que fica é quanto à objetividade. Ele citou a goleada do Barcelona, por 4 x 0, sobre o Stuttgart, pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, para dizer que o jogador brasileiro deve evitar o individualismo.
"Você olha o jogo do Barcelona de tarde e vê que todo mundo dá um, dois, no máximo três toques na bola. O Messi que carrega a bola, mas sendo objetivo, em cima do marcador, em direção ao gol. A gente quer dar, três, quatro, cinco toques, segurar, então é questão cultura. Demora para tirar alguns vícios que temos. Nesse aspecto é importante a disciplina tática", disse.
O técnico adversário Carlos Alberto Parreira também concedeu entrevista coletiva e deu a medida do quanto os sul-africanos estão aproveitando da estada de um mês no Brasil. Ele falou do quanto alguns jovens atletas ficaram inseguros por encarar o time celeste.
"É evidente que quem nunca jogou num estádio desse, contra uma equipe com esse nível do Cruzeiro fica intimidado. Jogadores jovens sentem o peso dessa responsabilidade. Então a gente tem que melhorar essa confiança de ficar mais com a bola, errar menos passes. Mas isso só vem com a sequência de jogos e manutenção de uma equipe. Acho que esse trabalho foi encorajador. Para nós o resultado foi bom", destacou.
Parreira também não poupou elogios ao time celeste. O técnico campeão da Copa do Mundo de 1994 pelo Brasil citou os destaques do time de Adilson Batista.
"O Cruzeiro está bem. Tem um time muito bom tecnicamente, dois atacantes de peso, de força, dois laterais que sobem com muita precisão. O Roger está começando a se integrar à equipe, ele dá qualidade à equipe. Tem um goleiro excepcional, dos melhores do Brasil, que tem provado isso a cada partida. E hoje (quarta-feira) mais uma vez. No final poderíamos ter feito dois gols e o Fábio evitou isso. Acho que o 0 x 0 foi justo. O Cruzeiro com a posse da bola e nós nos defendendo bem", observou.
Por fim, Parreira agradeceu ao Cruzeiro pela receptividade e citou que um jogo-treino será realizado já na manhã de quinta-feira, na Toca da Raposa II, entre os reservas das duas equipes.
"Nós queremos agradecer o Cruzeiro por ter nos recebido aqui. Não só ter jogado no Mineirão com a equipe principal, mas pelo acolhimento caloroso, afetuoso, desde o aeroporto, o almoço. Vamos treinar lá amanhã (quinta-feira) com os jogadores que não atuaram. Queremos agradecer imensamente ao presidente Perrella essa acolhida. Eles estão deslumbrados, porque foi realmente emocionante", concluiu.
Fonte: Site Oficial
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