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quarta-feira, 17 de março de 2010

Seleção da África do Sul está em Belo Horizonte

Foto: Renato Cobucci/Secom MG

Confira a íntegra da entrevista na Rádio Cruzeiro Da Toca II

João Marcos Dias

O adversário do Cruzeiro no amistoso da noite desta quarta-feira chegou a Belo Horizonte na noite desta terça-feira. O técnico Carlos Alberto Parreira e os jogadores da África do Sul desembarcaram no Aeroporto de Confins para aquele que é considerado o ponto alto do período de treinamento que os anfitriões da Copa do Mundo de 2010 fazem no Brasil.

O objetivo da ao País é fazer com que a seleção sul-africana incorpore um pouco das características do futebol brasileiro. Antes de vir a Belo Horizonte, a equipe treinou na Granja Comary, em Teresópolis-RJ, e disputou três jogos-treinos. Ficou no 0 x 0 com o Volta Redonda, fez 8 x 0 nos juniores do Fluminense e superou o Boavista por 2 x 0.

"Isso faz parte do nosso aprendizado, ganhar experiência. Fizemos três amistosos no Rio contra equipes de menor porte, mas deu para a gente começar a ganhar uma cara de futebol brasileiro. Essa excursão vai durar quatro semanas e o ponto alto são os jogos contra o Cruzeiro e a seleção do Paraguai, que vai ser em 31 de março (em Assunção)", observou o treinador.

A escolha pelo Cruzeiro não foi por acaso. Parreira avalia que o time celeste tem as características que Parreira quer incorporar ao seu elenco, como o bom toque de bola.

"Para nós é muito bom pegar um time da categoria do Cruzeiro, muito bom tecnicamente. Vamos jogar no Mineirão, é um aprendizado que não tem valor. Temos que sobretudo aproveitar o momento, jogar com personalidade, categoria, sem evidentemente ficar aterrorizados, com medo de jogar. Quero que eles aproveitem o momento e saiam daqui com essa essência do futebol brasileiro, de toque de bola, qualidade técnica", observou.

Parreira considera que o futebol da África do Sul ainda está em busca de identidade, uma vez que ainda não há uma escola de técnicos local. Em um país "dominado" por treinadores estrangeiros, o brasileiro quer dar sua contribuição para melhorar as coisas.

"Nosso time é bom quando coloca a bola no chão, mas é difícil fazê-lo jogar assim. A diversidade dos treinadores no Campeonato Sul-Africano é muito grande, as escolas são muito variadas. Tem técnico alemão, francês, holandês, sérvio, russo, então você não tem um estilo, uma identidade. Eu acho que a melhor cara para o futebol sul-africano é sem dúvida alguma bola no chão, técnica, habilidade. Eles gostam de jogar, têm habilidade, e nós temos que encorajar isso", observou.

A delegação sul-africana foi recepcionada pela secretária de turismo de Minas Gerais, Érica Drumond, o secretário-adjunto de esportes Rogério Romero, além do supervisor de futebol do Cruzeiro Benecy Queiroz. Todos receberam de uma equipe do governo uma sacola verde com material sobre Minas Gerais, além de típicos doces da culinária mineira.

O treinador concedeu entrevista com um doce na mão, e aprovou a recepção. "É o terceiro já. Doce de leite maravilhoso. Fomos muito bem recebidos pela secretária de turismo, pelo secretário de esportes. Queremos agradecer essas boas-vindas. Os jogadores estão muito felizes, já sentiram que aqui estarão em casa. Isso é importante", agradeceu.

Parreira já trabalhou em Minas Gerais no ano de 2000, quando comandou o Atlético-MG. De lá para cá, suas visitas a Belo Horizonte foram raras. As duas últimas foram na vitória por 6 x 2 do Corinthians, pelas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro 2002, e nos 3 x 1 da Seleção Brasileira sobre a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

"A última vez em que estive aqui foi quando o Brasil ganhou da Argentina por 3 x 1, em 2004. São cinco anos", recordou.

Fonte: Site Oficial

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