ç


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Com golaço da raposa Roger, Cruzeiro derrota o arquirrival Atlético no Mineirão

Com golaço da raposa Roger, Cruzeiro derrota o arquirrival Atlético no Mineirão

No jogo da paz e das flanelas, meia entra no segundo tempo, decreta a vitória celeste e vira mascote por um dia

Marcelo Machado Belo Horizonte

No clássico das flanelinhas, o Cruzeiro não cedeu seu lugar ao Atlético-MG. Na noite deste sábado, a Raposa derrotou o Galo por 3 a 1 (assista aos gols no vídeo ao lado), pela sexta rodada do Campeonato Mineiro, e fez a festa de seus torcedores, que não se cansaram de provocar o arquirrival por não ter se classificado à Taça Libertadores, deixando a vaga para o clube azul e branco na reta final do Brasileirão 2009. A comemoração nas arquibancadas ainda ficou completa com a estreia de Roger, que deu assistência para o segundo gol, fez o terceiro e vestiu a cabeça da fantasia de raposa que um mascote estava usando.

Com uma assistência e um gol do estreante Roger, o Cruzeiro venceu o Atlético-MG por 3 a 1 no clássico das flanelinhas, neste sábado, no Mineirão, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro. Os outros gols da Raposa foram marcados pelos zagueiros Gil e Leonardo Silva. O gol do Galo também foi marcado por um zagueiro: Jairo Campos. A vitória ampliou a escrita do Cruzeiro, que completou oito clássicos de invencibilidade contra o rival pelo Estadual. No lado da torcida azul, as flanelinhas roubaram a cena, numa provocação ao Atlético, que “guardou” a vaga na Libertadores de 2010 para o Cruzeiro, segundo os torcedores celestes.

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAALzP3twPIlWNwh7Kgntjqch9kZjeNpQbsd12VXC44pD5YVKBv0h72cSDMC_snW8MJWmZ6kSQ_OLVi_Iw61SbX7MAm1T1UN3skiALs707R2cjfoFago-ge6VL.jpg

Rivalidade nas arquibancadas esquenta o clássico em campo

A provocação dos torcedores celestes com a "Operação Flanela" - numa alusão à vaga para a Taça Libertadores que o Atlético-MG deixou escapar, e a Raposa pegou - gerou um sentimento de revanche na torcida atleticana. E o clima que antecedeu o clássico acabou motivando os jogadores das duas equipes. O primeiro tempo foi eletrizante do primeiro ao último minuto, com os dois times jogando de forma franca e buscando o gol a cada jogada.

Logo aos três minutos, num dos raros momentos que conseguiu fugir da forte marcação, Kléber recebeu livre na entrada da área e chutou colocado. Carini apenas observou a bola passar rente à trave direita. A resposta do Galo veio com uma sequência de cinco escanteios pela esquerda, todos cobrados por Correa. Mas o lance mais bonito aconteceu aos 11, quando Fábio saiu mal da área, Tardelli tentou por cobertura, e Leonardo Silva salvou de maneira impressionante em cima da linha (assista ao lance no vídeo ao lado).

A partida seguia alucinante e tenso para as duas torcidas. Aos 22, o Cruzeiro mexeu no placar. Gilberto cobrou escanteio da esquerda, e Gil concluiu sem força para fazer 1 a 0 - Leandro, ao tentar cortar, acabou atrapalhando Carini, que estava na bola. Mas a festa da torcida azul e branco durou apenas oito minutos. Após defesa espetacular de Fábio em conclusão de Jairo Campos, o próprio equatoriano pegou o rebote para chutar cruzado e empatar o jogo. Euforia alvinegra no Mineirão. No restante da primeira etapa, o Atlético foi mais incisivo e obrigou o goleiro Fábio a fazer pelo menos uma grande intervenção, aos 44. Não à toa, três atleticanos (Jonílson, Coelho e Leandro) foram para o vestiário tendo levado cartão amarelo, contra apenas um cruzeirense (Kléber).

Roger estreia, faz um golaço e se transforma em raposa

O Cruzeiro voltou com o meia Pedro Ken na vaga de Diego Renan, com Marquinhos Paraná passando a ocupar a lateral esquerda. E, se o primeiro tempo começou quente, o segundo pegou fogo no início. Aos três minutos, Diego Tardelli, em condição legal, fez 2 a 1 após receber de Muriqui, mas o árbitro Renato Cardoso Conceição seguiu a sinalização do assistente Jair Albano Félix e anulou o gol. Um erro. Com uma marcação eficiente e uma ligação rápida com o ataque, o Atlético mostrou-se mais organizado e perigoso. Muriqui perdeu um gol incrível aos 14 minutos. De frente para o gol, ele escorregou ao concluir. O Cruzeiro conseguiu equilibrar as ações a partir dos 25 minutos. Vanderlei Luxemburgo pôs Obina, enquanto Adilson Batista promoveu a estreia de Roger, que entrou em campo sob um grito impublicável dos atleticanos. Algo a ver com a esposa dele, a atriz Deborah Secco. Roger parecia sem ritmo nos primeiros lances, mas a perna esquerda seguia calibradinha. Aos 33, ele fez um belo lançamento para Thiago Ribeiro, que completou de primeira, assustando o goleiro Carini. Aos 37, a canhota de Roger entrou em ação mais uma vez. Após cobrança de escanteio feita pelo meia, Leonardo Silva subiu para testar e fazer 2 a 1 para o Cruzeiro. Festa do lado azul. E laranja. As flanelinhas começaram a aparecer de vez. Luxemburgo partiu para o tudo ou nada, com Marques na vaga de Jonílson. Com quatro atacantes, o Galo se expôs e levou o terceiro gol aos 43. E que golaço. Roger acertou uma bomba. Ao comemorar, vestiu a cabeça da mascote Raposão. Com 3 a 1 para o Cruzeiro, a torcida celeste (e laranja) fez a festa. Irônica, gritou o nome de Luxemburgo, campeão da Tríplice Coroa pelo clube em 2003. O técnico se irritou, bateu no peito e prometeu troco. Obina, Marques e o presidente Alexandre Kalil também foram alvos dos cruzeirenses, que até cantaram “Vou Festejar”, hino dos atleticanos. No fim, a torcida do Cruzeiro saudou os verdadeiros heróis, gritando o nome do técnico Adilson Batista e do estreante Roger. Fim de clássico, deu Cruzeiro novamente...

ATLÉTICO-MG 1 x 3 CRUZEIRO
Carini, Coelho, Werley, Jairo Campos e Leandro; Jonílson (Marques), Correa, Ricardinho (Júnior) e Renan Oliveira (Obina); Muriqui e Diego Tardelli Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Gil e Diego Renan (Pedro Ken); Henrique, Elicarlos, Marquinhos Paraná e Gilberto (Roger); Thiago Ribeiro (Bernardo) e Kléber
Técnico: Vanderlei Luxemburgo Técnico: Adilson Batista
Gols: Gil, aos 22, e Jairo Campos, aos 30 minutos do primeiro tempo; Leonardo Silva, aos 37, e Roger, aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Coelho, Leandro, Jonílson e Jairo Campos (Atlético-MG); Kléber (Cruzeiro)
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte Data: 20/02/2010 Árbitro: Renato Cardoso da Conceição Auxiliares: Guilherme Dias Camilo e Jair Albano Félix

0 comentários:

Postar um comentário